Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Entrevista com Betinho Vasconcelos
 
O mundo da musica vem ficando mais estreito a cada dia. Estilos vão surgindo e outros, desaparecendo. Os compositores que surgem, devem vir com um peso musical bem atrativo e influente. A intenção de Betinho Vasconcelos é, através da MPB, tocar na sensibilidade do sentimento de quem ouve suas canções. Embora viva na terra do Axe, sua raiz musical é a MPB com seus artistas mais influentes como Caetano, Djavan, Luiz Melodia, Alceu Valença, Jorge Vercillo, e até artistas internacionais como BeeGees, Beatles, Michael Jackson, George Benson, A-ha. (Informações do site do cantor)
 
«Não tenho frases feitas. Eu simplesmente amo a música
 
Robertson Félix Vasconcelos nasceu no município de Itabuna (BA) em 25/04/1986. Foi criado pelos seus pais Zilma e Robertson (Bebeto), junto com seus dois irmãos Rafael e Letícia. Por volta dos seus 7 ou 8 anos, recebeu em casa a presença do, agora irmão de criação, Edson (Biscuit).
 
Sempre foi muito brincalhão com todos, e sempre cercado de amigos. Gostava de todo o tipo de diversão, principalmente inventar coisas. Teve paixões de crianças, perda de entes queridos e situações que construíram o seu jeito de entender da vida. Ele classifica sua infância como “simplesmente maravilhosa”.
 
Primeiro contato com a música?
 
Eu praticamente já nasci com a música. Quando criança, meus pais me faziam ouvir discos de vinil de grandes artistas e dizem eles, eu já cantava musicas de artistas como A-ha, Beegees, Beatles, Michael Jackson, entre outros. Minha família toda é apaixonada por música, e assim fui crescendo e ouvindo os mais variados estilos.
 
Qual sua primeira composição?
 
Eu sempre fui muito criativo em tudo. Eu achava que minha criatividade poderia ser útil. Quando eu tinha 15 anos, descobri que poderia fazer minhas próprias músicas, mas a minha primeira composição foi “Quero nunca deixar de te amar”, que não foi 100% própria mas sim uma parceria com meu amigo Israel Nascimento, e que está no meu CD.
 
Quando surgiu o sonho de se tornar cantor?
 
Na época do colégio, eu costumava levar o violão quase todo dia e ficava cantando com meus amigos, principalmente o meu parceiro de composição Israel. Nós cantávamos muita música internacional, mesmo sem saber a letra. Ainda assim os amigos gostavam. Nessa época eu jamais pensei em ser cantor; cantava porque gostava. Eu me sentia bem. Logo após eu comecei a tocar em bandas, e através delas eu comecei a tocar em bares e a desenvolver minha capacidade de cantar.
 
 
O que é a música pra você? O que espera da carreira artística?
 
A música sempre foi tudo pra mim e hoje é indispensável. Eu utilizo a música pra tudo. É quase um tipo de terapia, tanto pra me acalmar (não que eu seja doente ou me estresse), quanto pra me alegrar.
Eu resolvi seguir por um caminho que é ao mesmo tempo prazeroso e árduo. E já previ a dificuldade, mesmo antes de terminar o meu CD. O que dependo agora é de condições pra que eu possa seguir mostrando o que eu tenho de bom, junto a profissionais que possam multiplicar essa qualidade, e dar boa música aos que queiram.
 
Qual a primeira vez que você tocou algum instrumento? Como foi e onde foi?
 
Pelo que eu me lembre, por volta dos 6 anos eu ganhei uma mini bateria, daquela de criança, mas não consegui aprender quase nada. Pouco mais tarde eu ganhei um teclado e tentei aprender, mas não consegui, pois o teclado quebrou. Finalmente, aos 10 anos eu ganhei o meu primeiro violão, reduzido para facilitar o aprendizado, e fui aprendendo com o meu pai a dar os primeiros acordes e algumas técnicas iniciais. Ele me ensinou a tocar músicas tirando-as de ouvido, e desde então esse vem sendo o meu principal aprendizado.
 
 Fez curso de música? Conhece partitura?
 
Eu cheguei a fazer três meses de aula em um conservatório, mas eu não aprendi muita coisa. Tudo que eu sei, aprendi basicamente sozinho. Partitura é uma vontade que eu sempre tive de aprender, mas infelizmente ainda não consegui. Eu sempre digo que o principal eu já tenho, que é o dom, mas uma base teórica faz falta.
 
Você também compõe? As letras das suas músicas são todas suas ou tem letras de amigos?
 
Eu tenho só duas músicas feitas em parceria com Israel, que são “Quero nunca deixar de te amar” e “Manga Rosa”. Todas as outras são de minha autoria, mas eu pretendo também fazer parceria com outros compositores.
 
Tem um compositor que você goste muito?
 
Eu sempre ouvi Jorge Vercillo mesmo na época em que poucas pessoas o conheciam. Ele sempre fez um trabalho maravilhoso, merece o sucesso que está fazendo e é o compositor da nova geração que eu mais admiro.
 
Qual a sua temática básica? Ou você canta qualquer tipo de letra? Por quê?
 
Como eu sou músico da noite, eu toco o que o público gosta, mas só MPB. Eu gosto de todas as músicas que toco num repertório de mais de 300 musicas. As que eu não conheço, procuro me informar e assim o repertório vai crescendo.
Eu ainda não tenho meu show pronto com banda, mas quando tiver, o repertório vai ser o melhor possível.
 
 
Você se inspira em vários cantores, quais são? E por quê?
 
São muitos os artistas que eu gosto. Mas os meus inspiradores são A-ha, Michael Jackson, Djavan, Alceu Valença, Jorge Vercillo, Luiz Melodia, Guilherme Arantes, George Benson, e outros. A criatividade desses artistas e a beleza das musicas são incontestáveis.
 
Quem faz os arranjos das suas músicas?
 
Eu faço tudo o que está registrado até agora em termos de arranjo. Em meu CD eu tive o auxilio do produtor de áudio do estúdio, na questão da programação de bateria. Mas em geral, todo o arranjo é meu, tanto de solos quanto de harmonia.
 
Você toca sozinho ou tem outros músicos?
 
Ainda estou no processo de formação da minha banda. Para achar músicos bons e com disponibilidade por aqui é muito difícil. Enquanto isso, eu sigo tocando sozinho na noite.
 
Quando foi o primeiro show? Qual foi a sensação?
 
Meu primeiro show foi em uma apresentação do conservatório em que freqüentei, junto com mais dois amigos. Cantamos uma versão de “More than words”. Foi uma experiência muito boa, mas nós três ficamos muito nervosos.
 
Quais são suas músicas preferidas e por quê?
 
Muita gente me faz essa pergunta, mas por incrível que pareça eu não tenho uma música preferida. Eu gosto de todas no mesmo nível.
 
E qual é o CD que você vê na loja e compra?
 
Eu gosto muito de coletâneas. Resume a carreira de um artista. Então eu acho que compraria uma coletânea, principalmente de artistas que eu não conheço.
  
Como você define o tipo de som que produz?
 
É o resultado do resumo de tudo o que acho bom. Mas não é necessariamente a perfeição. Sou perfeccionista, mas a interpretação do meu trabalho depende de cada pessoa.
 
 Está compondo algum trabalho?
 
Eu tenho muitas músicas em arquivo. Depois desse meu CD, eu percebi a falta de um “quê” em minhas composições, então cada canção que eu venho compondo procuro aprimorar mais e mais em letra, melodia. Sempre cercado de simplicidade. Mas ainda não estou pensando em gravar outro CD.
 
 
Como você se inspira? Você tem uma idéia e vai...?
 
Algumas idéias surgem do nada, em qualquer lugar, até em sonhos. Outras surgem quando estou com o violão na mão. O horário em que componho normalmente é à noite, mas com algumas exceções. Por exemplo, quando estou na praia. Normalmente quando essas idéias surgem, eu gravo em áudio pra não esquecer. As não terminadas eu continuo numa outra oportunidade.
 
Fale do seu CD, das músicas, quais as que estão fazendo sucesso...
 
O meu CD é totalmente independente. Tive ajuda somente dos meus pais, não foi prensado em Manaus, porém foi produzido com muito carinho por mim. Eu o divulgo toda vez que faço alguma apresentação. Esse CD é o ‘Tão Herói’, que é titulo também da principal música de trabalho. Esse trabalho é composto de 10 canções, sendo 8 próprias e 2 com parceria. A segunda música de trabalho se chama “Manga Rosa” e foi finalista do Troféu Jupará, um concurso de arte regional realizado em Itabuna todo ano. As demais músicas são “Se eu”, “Inesperada”, “Numa boa”, “Amor a cores”, “O dom”, “Minhas simples intenções”, “Marinheiro de segunda fé” e “Quero nunca deixar de te amar”. Nenhuma das músicas ainda fez sucesso, mas tocam desde o lançamento, há mais de um ano, nas rádios da região. Os bons músicos daqui, que já me conhecem, sempre me incentivam e elogiam o meu trabalho.
 
E você trabalha sempre numa obra só, ou você faz uma e já tem a idéia de outra?
 
Eu costumo me concentrar no que faço. No caso do CD, eu me concentrei bastante no que eu iria produzir, pra que saísse sem erros. É assim que também vou produzir o meu show. Mas eu penso, sim, no que virá pela frente.
 
E os seus projetos para o futuro próximo?
 
Meu projeto principal é seguir em frente com meu trabalho. Sou fã da arte em si e acredito na purificação da alma através dela. Vidas dão voltas por esse motivo, principalmente em pessoas com necessidades especiais, e o que eu puder fazer, além de meu trabalho, eu farei com muito prazer.
 
Para você, quais as maiores dificuldades que o músico encontra?
 
Umas das principais pedras no caminho de um músico é a falta de oportunidade e de valorização do trabalho. Tudo começa como um sonho, mas depois vão aparecendo as dificuldades na espera que, enfim, se torne novamente um sonho.
 
  
Você já ganha uma grana com seu trabalho musical?
 
Ganho sim. Desde que comecei a tocar em bandas, eu ganho o meu próprio dinheiro. Comecei ganhando muito pouco, mas eu fui valorizando o meu trabalho e exigindo mais pelo que eu faço. É claro que ainda não me sustento totalmente da música, mas tudo que eu faço ou compro é com meu dinheiro.
 
Além de músico, exerce outra atividade?
 
Já exerci algumas atividades temporárias. Já fui fiscal de prova em concurso, já divulguei alguns eventos, mas nada mais além disso.
 
Alguma vez você pensou em desistir da música?
 
Apesar de ser um trabalho complicado, que muitas vezes desestimula, eu nunca pensei em desistir. Nessas horas eu sempre penso na minha capacidade de fazer música, do jeito que eu faço, e o estímulo sempre retorna.
 
 
Qual é o seu público. Como você lida com o assédio dos fãs?
 
Hoje em dia é difícildefinir um público certo. As pessoas têm variado muito suas preferências musicais. Ao mesmo tempo em que você vê uma pessoa ouvindo Djavan, ela pode querer ouvir Iron Maden. Eu sou assim; ouço de tudo, e com muito gosto. Cada profissional é bom naquilo que faz, portanto admiro qualquer trabalho bom. Eu sou bastante profissional com as fãs, por exemplo. Eu procuro sempre diferenciar os dois lados nessa questão, mesmo porque o meu relacionamento é firme e sou muito feliz com quem eu amo. Com o público em geral eu costumo interagir de forma que todos se sintam à vontade comigo.
 
 
Esses são sites do artista:
 
 
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 28/05/2008
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