Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
O poeta pessimista morreu


Por: Valdeck Almeida de Jesus
 
Ele achava escola pública um horror, não acreditava que ali pudesse haver alegria, dança, teatro, literatura e poesia. E logo ele, que tinha estudado em uma dessas, onde a repressão era a ordem do dia. E logo ele, que viveu a fome de comida e a fome de arte, tentando, como andorinha de verão, fazer sua parte.
 
Sonhava com o coletivo, trabalho em grupo, atividade a mil mãos, mas, ao mesmo tempo, se decepcionava com a falta de opção.
 
Aí, a convite de seu amigo e poeta Patrick Lima, de Sussuarana, foi conhecer um tal de TAL – Tempos de Arte Literária. Encontrou outro poeta, Mateus Paim, ambos do Sarau da Onça. Ao chegar à Escola Parque da Caixa D’Água, não acreditou no que seus olhos viram. Entrou, sentou, atraído pela amplidão do espaço, tamanho do teatro e pelos talentos que ali se apresentavam: deficientes visuais cantando em coral, poetas mirins, estudantes de todas as idades, declamando, recitando, lendo poesias, olhinhos brilhantes, vozes infanto-juvenis, passos, compassos, todos em uníssono em um canto que cala a voz da ditadura. Emocionado em descobrir que os sonhos sonhados juntos se tornam realidade, o poeta pessimista chorou e morreu. Dali saiu renovado, com novo ânimo, em busca de novos horizontes...
 
Valdeck Almeida de Jesus
Salvador, 15 de setembro de 2014

PS: 
Parabéns à Secretaria de Educação do Estado da Bahia pelo belo trabalho de inclusão. Este vídeo é de uma das poetisas que participaram do Tempos de Arte Literária, se apresentando na Escola Parque de Salvador. https://www.youtube.com/watch?v=bT2gKxRNKtw&feature=youtu.be
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/09/2014
Alterado em 17/09/2014
Comentários