Salvador não precisa de barzinho gay nos finais de linha. Salvador não precisa de um barzinho que tenha show de transformista, venda cerveja, que venda tiragosto e que toque música eletrônica. Salvador não precisa de um barzinho que venda caldos e outros petiscos. Salvador precisa, sim, de um bar que tenha tudo isso e um pouco de calor humano, de amizade, que tenha um ar de família, onde pessoas de todas as tribos possam se reunir, sem medo de ser feliz, beijar na boca, abraçar e se sentir gente. Se Salvador precisava de um lugar assim, não precisa mais, pois o Balacubaco, no final de linha de São Caetano, já está com nota dez em todos os quesitos, e sempre tem novidades, sempre traz um segredinho, um gosto de surpresa!
A feijoada servida neste domingo, preparada por dona Esmerina, mãe do anfitrião Cícero, estava simplesmente deliciosa, acompanhada de um drink. Não teve para quem queria. Este colunista, que chegou cedo para garantir um prato, teve que enfrentar a disputa com muita gente que também queria provar da iguaria. E que delícia!!! Parece que foi preparada com poções mágicas, guardadas nos baús de outrora. Eita feijão gostoso!!! O bafon começou às 10 horas da manhã e só parou quando o feijão acabou, às 22 horas, sob gritos de “quero mais”.
Para acompanhar a comilança, dança, música, bebida, calor de gente e cheiro de sucesso! As transformistas donas da noite fizeram um arraso. Chandelly Houston, Miss Boana Buranhém e Felícia Ravache de Buá, acompanhadas em duas apresentações pelo próprio Cícero Leite (espetacular performance da música “História de uma Gata” de Vanessa da Mata). O resto, só para quem foi assistir shows e comer feijão. Vai ter mais. Outros aniversários virão, e muita água vai rolar no final de linha de São Caetano. Estamos todos pagando para ver, acompanhando o sucesso que é resultado de suor e dedicação.
Há exatos dois meses foi anunciada a abertura de um novo point GLS na cidade. E há exatos sessenta dias esse point vem se afirmando, tomando seu lugar, se solidificando como um local ideal para uma paquera, jogar conversa fora, ouvir uma boa música ou simplesmente bater aquele papo cabeça. Cícero Leite, com experiência em teatro, dança, docência e ‘otras cositas mas’, é quem capitaneia o bar, misto de casa da mamãe e ao mesmo tempo lugar de todo mundo. Ali, todas as noites, de quarta a domingo, a ferveção acontece. É show de transformista, é performance de iniciantes e veteranas, é palco para apresentações e coisa e tal.
Quem quiser mais informações, pode acessar a comunidade do Orkut: Balacubaco
Foto de capa: Felícia Ravachy de buá (direita). Créditos: Silver Soares