Valdeck Almeida de Jesus
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Paraense ganha prêmio literário nacional com poesia

LITERATURA

Por: Cristina Hayne (da Redação)

O poeta paraense Andreev Veiga foi um dos vencedores do Premio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia – Edição 2008, com a poesia “Reinventando a Morte”. O prêmio lhe proporcionará participação em livro que reunirá as poesias vencedoras da premiação. Para 2009, o poeta Valdeck Almeida de Jesus, que oferece o nome ao prêmio, promete lançar mais de 200 poetas na Bienal do Rio de Janeiro, prevista para setembro.

Criado em 2005 pelo escritor e poeta Valdeck Almeida de Jesus, o prêmio é um dos mais importantes da literatura brasileira, pois tem inscrições gratuitas e dá oportunidade a poetas do Brasil e do mundo de terem seus trabalhos publicados. Durante as edições passadas, foram lançados mais de 300 novos poetas no mercado editorial.

Geralmente os livros são lançados em feiras de livro e em bienais da Bahia e São Paulo. Em 2008, durante a 20ª Bienal de Sampa, a antologia foi lançada no estande da Giz Editorial e reuniu escritores e poetas do país inteiro.

Sobre o prêmio que o colocou entre os melhores do país, o poeta paraense se limita a falar que o momento está sendo uma boa experiência. Apesar da visibilidade no meio literário, Andreev disse que nada mudou, ou seja, as dificuldades continuam as mesmas. O poeta fará o lançamento independente de seu primeiro livro “Letrários” ainda este ano. Para ele vale mais a pena a produção independente do que estar submetido às exigências de uma editora. “As dificuldades em lançar e escrever um livro está diretamente ligada à realidade brasileira, que mostra a distância da maioria da população do ato de ler”, declarou Andreev. Ele disse ainda lamentar o afastamento da leitura.

Andreev Veiga trabalha com a palavra desde os treze anos de idade. Além de poeta, ele é escritor e compositor. Seu primeiro livro, “Letrários”, reúne uma coletânea das poesias que considera poder provocar sensações e sentimentos no leitor. Entre as preferidas do autor estão as denominadas “Restando-se sob o sol”, “Poema calado” e “Para o poema ficar repleto de saudade”.

“Escrever poesias é um grande êxtase”, afirmou Andreev Veiga. Ele continuou: “O que sei fazer é escrever. É uma necessidade que tenho de relatar sobre o tempo, amores, desamores, solidão, sensações, reações, rotina do dia-a-dia, enfim, sobre tudo que tem algum significado para mim”.

Para o escritor suas obras são densas e fazer poesia é uma forma de não se sentir sozinho. Andreev gosta de pensar que cada leitor terá uma resposta diferente sobre suas obras. “Para mim, o ato de escrever representa a liberdade de pensamento e de expressão”. Entre as metas para 2009 estão a participação em feiras literárias, novos concursos e a publicação de seu primeiro livro.

Fonte: jornal Público, Belém/PA, edição de 09 de fevereiro de 2009, pág. A7
Site do jornal: www.publicojornal.com.br


Confira o poema:

Reinventando a morte
(Andreev Veiga)


enquanto o sulco
derramava pela última vez
deixando escorrer o enxofre pela casa
o armário era esvaziado
e desencontrava no vazio
seu próprio semblante
enquanto o leito confundia-se ao espírito
e a oração inebriava a madrugada
com seu luto
mais um café era servido
e sem a intenção
de reinventar a vida
- com tantos outros assuntos –
a morte era esquecida


Andreev Augusto Pena da Veiga é natural da cidade de Belém, estado do Pará. Como poeta, participa de concursos pelo país afora e, atualmente, trabalha às vésperas do lançamento de seu livro “Letrário”, primeira obra de poesia. É compositor e melodista num trabalho em parceria com o ator paraense Augusto Castro na tão sonhada “A Senhoria”.

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 19/02/2009
Alterado em 19/02/2009
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