Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Elos culturais
Não estamos soltos no universo, temos raízes, origem, início, meio e recomeço...

Cá estamos, influenciados, influenciáveis, influentes, fluentes, por assim dizer, no universo de letras, signos e símbolos; ligados por afluentes, águas que nos lavam a alma, inspiram e tantas vezes conspiram contra ou a favor, sem saber que o certo não existe, apenas precisamos que a comunicação exista…

Os termos misturam-se, em cada vértice é possível classificar o comportamento plural de lusófonos espalhados pelo mundo.

Provocantes e provocados, nem tão inocentes, nem tampouco culpados... Apenas apaixonados por uma língua, por seu sotaque, dialetos, que confundem, misturam-se ao cotidiano e não fogem da raiz, não se desligam da origem.

Quem somos hoje, se não irmãos criados à distância com hábitos desiguais, cultura diversificada. Em comum temos a língua pátria, a literatura e o mar…

Quem nunca se aventurou por mares distantes, por entre as linhas de poetas lusitanos, talvez não compreenda o quanto é preciso navegar, lançar-se ao mar em busca de riquezas e aventuras, despedir-se de amores em portos incertos, descrente do próprio retorno.

A saudade, o mar salgado por lágrimas, o amor, a dor... Tudo cantado em verso e prosa, retrato fiel de um povo que ousou cruzar fronteiras...

“Quero um poema Angolano, recitado por uma menina do Timor, que fora alfabetizada na escola Brasileira, por uma professora Portuguesa, com livros editados em Cabo Verde, aplaudida por toda São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Moçambique”.

O sentido de “globalizar” me vem por completo ao ouvir Daniel Teixeira (rádio Raiz Online), e é nessas horas que temos a exata dimensão do poder de uma língua. São centenas, quem sabe milhares, de lusófonos conectados, alguns tão distantes de sua terra natal, aconchegados por sotaques, que, via rede mundial, trazem para casa cada um de nós, sem precisar atravessar mares e outras fronteiras. De forma suave, encontramos nosso porto seguro, abrandando corações e amores que ainda choram saudades…

Um livro e várias histórias, uma homenagem ao povo que invade prazerosamente nossos livros, coletâneas de paixão à flor da pele, aventuras, desventuras e um forte poder de sedução através das palavras repletas de sentido, articuladas entre futuro, passado e contemporâneo, sem perder o brilho poético.

Estamos verdadeiramente interligados por elos de uma mesma corrente literária e cultural. Embarque na leitura da Língua Portuguesa, os passaportes estão todos liberados. É relaxar e curtir…


Renata Rimet
Administradora de empresas, professora e produtora cultural
Educadora Social
Chanceler Cultural A Plêiade
Confreira CAPPAZ- Confraria Artistas e Poetas pela Paz
Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni - ALTO
Licencianda em Letras
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 26/04/2009
Alterado em 18/08/2011
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