Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Beijando ferida podre

Comendo banana crua

Imagino tua alma

Toda suja e toda nua.

Trepando numa figueira

Lascando o meu pulmão

Viro morto, morto-vivo

Remoendo meu irmão.

Cuspindo na tua boca

Bebendo todo o pus

Busco vida e acho morte

Busco treva e acho luz.

Manifesto minha ira

Através da poesia

Busco ódio e encontro amor

Acho raiva e poesia.

Parindo podres palavras

Vomitando fezes porcas

Fico todo nauseado

E sujo como uma porca.

Comendo fezes humanas

Bebendo urina e vinho

Morro, louco de vergonha

De vergonha de morrer.

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 10/08/2009
Alterado em 07/02/2011
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