Miss Brasil Gay da Bahia foi sucesso total
Bagageryer Spielberg encantou uma plateia lotada no teatro Vila Velha em Salvador. Às oito em ponto da noite a festa começou com o desfile das candidatas ao título. Concorreram as misses Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Santa Catarina, Rondônia, Amazônia, Ceará e Distrito Federal.
Vestidos deslumbrantes, recheados de criatividade e beleza fizeram o público delirar em aplausos e gritinhos. As “meninas da melhor idade”, como disse a anfitriã, “estavam radiantes de alegria, invejando os corpinhos das misses”. E não era pra menos. Cada uma mais produzida que a outra, numa concorrência acirrada e difícil pelo primeiro lugar. O júri, formado, dentre outros, por Davi Aranha, Julio Cesar Habib e a apresentadora do Globo Esporte, Patrícia Abreu, sofreu para fazer a votação. A cada desfile uma dúvida, um ponto de interrogação. Todas mereciam ganhar, mas apenas uma levaria o troféu.
Trajes típicos vestidos de noite brilharam no palco, em meio aos shows das divas Shirley Valantine; Sfat Auerman; Tanusa Taylor; Lion Schineider; e Aloma, interpretando Diana Ross e Elza Soares. Aloma foi efusivamente ovacionada, pelo belíssimo show e pela comemoração dos seus 60 anos de vida, com um corpo de uma trintona.
RESULTADO
A faixa de Miss Brasil 2009 foi passada por Malu Pinheiro (Miss Brasil 2008) para Lavínia Ferrari, 19 anos, representante do Ceará. A segunda colocada foi a Miss Amazonas, Bruna Keyla e a terceira colocação foi para a Miss Bahia, Patrícia Blair.
Em quarto lugar, a miss Mita Lux, representante do Distrito Federal, levou, ainda, o título de Miss Elegância. O título de Miss Simpatia foi concedido à representante do estado de Minas Gerais.
Foram prestadas homenagens a Ivette Sangalo, com o troféu Carmem Miranda e a vereadora Olívia Santana (PCdoB), com o troféu Microfone de Ouro.
ORGANIZADOR DO MISS
André é um daqueles atores que nascem no picadeiro, como os artistas de circo. Ele aprendeu com a prática. Nunca frequentou uma escola de teatro, de modelo ou dança, como ele mesmo faz questão de declarar. Seu sucesso, no entanto, é evidente. Seu talento, idem. É como o Midas, da mitologia, qualquer evento promovido por Bagageryer Spielberg, sua personagem, é sinônimo de casa lotada.
O nome Spielberg vem de uma loja de um grande shopping de Salvador que André adotou como seu selo, sua marca de artista ímpar e talentoso. André tinha 20 anos quando criou essa marca de sucesso, que invade as noites soteropolitanas, em shows de transformismo, em apresentações para grupos da terceira idade, no Pelourinho Dia e Noite, em disputas de Miss Bahia e Miss Brasil.
Talento e suor
“Tudo o que o conquistei é fruto do meu trabalho e de muita dedicação”, diz. Prova disso são os shows que fazem sucesso com glamour, plumas e paetês, como é próprio do mundo dos artistas noturnos. Para a realização de cada trabalho André batalha arduamente na busca de parceiros, de patrocinadores. “É difícil, mas no final tudo dá certo”, avalia.
Tanto trabalho foi reconhecido em 2008 pela Câmara de Vereadores de Salvador. André Luís foi homenageado com a medalha Zumbi dos Palmares pela promoção do negro e do homossexual.
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 03/11/2009