Sou quase invisível...
Quase sem corpo...
Quase sem alma...
Não preciso conversar nem ouvir...
Não preciso ser tocado nem acariciado...
Não preciso de diversão nem de companhia...
Não preciso de sexo nem de amor...
Não preciso ser visto nem mostrado...
Afinal, não sou marido, amante, "ficante" ou namorado...
Eu sou "o cão" e "a desgraça"...
Sou o indesejado e o que incomoda...
Sou "o certinho" e o inconveniente...
Não sirvo pra companhia por ser careta e inoportuno...
Sou supérfluo e dispensável,
Perfeitamente descartável...
Não sirvo pra praia, bape-papo,
Academia ou mercado...
Sirvo pra ficar em casa, fazer mandado
Ou dar recado...
Enfim, sou inexistente...
Salvador, 11 de agosto de 2010, 23:24hs