Jorge Amado (1912 – 2012) - 100 Anos do nascimento: 10.08.2012
Muito Amado o nosso Jorge
Por baianos e estrangeiros
Escritor e jornalista
O maior e o primeiro
Natural de Itabuna
Este grande brasileiro.
O lugar de sua nascença
É o menos importante
Pois a obra desse homem
Está em terras distantes
Em línguas do mundo todo
Para todos os falantes.
Na Fazenda Auricídia
No povoado Ferradas
Terra onde nasceu
Município de Itabuna
Pouco tempo viveu
Pois para o mundo correu...
Jorge já nasceu grande
Para as Letras e o mundão
Correu quatro freguesias
Mas Salvador da Bahia
Foi e sempre seria
A terra do seu coração.
Na capital da República
Lá nas terras do sudeste
Foi ele estudar Direito
E virar cabra da peste
Um baiano “arretado”
Advogado inconteste.
No dia dez de agosto
Veio ao mundo este leonino
Nasceu para os holofotes
Este danado menino
E nem mesmo a sua morte
Apagou o seu destino.
Lá no Rio de Janeiro
Este homem destemido
Jornalista e advogado
Lutou e foi combatido
Aliando-se aos comunistas
Com carteira do partido.
Fez carreira na política
Foi Deputado Federal
Mas o brilho da criatura
Foi além do que é normal
Pois os livros o levaram
A brilhar mais que o astral.
O sol ficou pequenino
Jorge ousou brilhar mais
Ocupou o mundo todo
Com personagens reais
E tornou meras figuras
Em seres já imortais.
Viveu fora do país
No Uruguai e na Argentina
Em Paris e em Praga
Produzindo coisa fina
O exílio lhe inspirou
A criar histórias finas.
Foi casado com a escritora
Zélia Gattai Amado
E com ela teve filhos
Dois filhinhos bem criados
Paloma e João Jorge
Dois filhinhos bem amados.
Ocupou academias
De Ilhéus a Salvador
E também a Brasileira
Este grande escritor
Muito mais que jornalista
Deputado ou doutor.
Jorge Amado, amado ícone
Homem e obra: criador
Tradutor de uma Bahia
Que ao mundo mostraria
Do caipira ao médico
Como bom expositor.
Dizia-se materialista
Mas o título aceitou
Foi Obá de Xangô
Homem lúcido esse senhor
Representante da luz
No candomblé ele andou.
Levou tanta homenagem
Foi muito bem premiado
No Brasil e fora dele
Para sempre é lembrado
E por isso o nome é Jorge
Para sempre Jorge Amado.
Traduzido ao mundo todo
Do alemão ao albanês
Árabe, armênio, azeri,
Do catalão ao chinês,
Coreano, búlgaro e croata
E também dinamarquês…
Eslovaco, esloveno,
Espanhol e finlandês,
Estoniano e esperanto,
Do galego ao francês,
Georgiano e grego,
Guarani e holandês.
Hebraico, húngaro, iídiche,
Lituano e polonês,
Russo, letão e sueco,
Macedônio e japonês,
Italiano e moldávio,
Sérvio, tcheco e islandês.
Romeno e turcomano,
Ucraniano e inglês,
Turco, persa e mongol,
Vietnamita e norueguês,
Até em braile foi escrito,
E também em “televisês”.
Na língua pátria também
Em nosso bom "baianês"
Faz sucesso em sua casa
Pois é o santo da vez
Brasileiro de valor
Amado em bom português.
No ano do centenário
Vai ser homenageado
Mais vivo do que nunca
Está o nosso Jorge Amado
Pois a arte nunca morre
E ele será sempre amado.
De Ilhéus ou de Itabuna
Não importa mais nada
A certeza que se tem
É que Jorge é uma parada
Vai viver eternamente
No coração da moçada.
Salve Jorge, Jorge Salve
São Jorge ou Jorge São
Vive no peito da gente
Dentro do um coração
Jorge Amado nos proteja
Da falta de inspiração.
Copiar é impossível
Plagiar é crime vil
Jorge é original
Igual a ele não se viu
E de um nasceram muitos
Hoje são pra lá de mil.
Na Academia ou na rua
Jorge é sempre aclamado
A literatura amadiana
E o homem serão lembrados
Pelas gerações futuras
Devido ao grande legado.
Salvador, 28 de julho de 2011, 23:37hs
Valdeck Almeida de Jesus
Homenagem a Jorge Amado
Centenário de Nascimento (10.ago.1912 – 08.ago.2001)
Veja aqui um vídeo com o texto acima, lido por Valdeck Almeida de Jesus
Foto: Wikipedia
"Jorge Amado (1912 – 2012) - 100 Anos do nascimento: 10.08.2012" é uma homenagem vibrante e emocionante ao grande escritor brasileiro Jorge Amado, cujo centenário de nascimento é celebrado com entusiasmo. O autor da obra, Valdeck Almeida de Jesus, utiliza a poesia e a linguagem regional, com toques de "baianês", para expressar todo o amor e admiração pelo renomado escritor baiano.
Através de versos bem construídos e ritmados, o poeta enaltece a importância de Jorge Amado, ressaltando sua relevância não só no Brasil, mas em todo o mundo. A obra do escritor ultrapassou fronteiras, sendo traduzida para diversas línguas e culturas, tornando-o um verdadeiro ícone da literatura universal.
O cordel destaca a trajetória de Jorge Amado, desde seus primeiros anos em Itabuna, até o reconhecimento e sucesso como escritor. O texto menciona seu envolvimento com a política, o exílio, seu casamento com a escritora Zélia Gattai e seus filhos, demonstrando que a vida do autor foi tão fascinante quanto suas próprias histórias ficcionais.
Valdeck Almeida de Jesus também enfatiza a pluralidade e abrangência da obra de Jorge Amado, que retratou a Bahia e sua cultura de forma ímpar, destacando a vida do povo comum e suas tradições. O escritor se tornou um verdadeiro embaixador da cultura baiana, conquistando leitores e admiradores ao redor do mundo.
A escrita transmite a mensagem de que Jorge Amado é imortal na literatura e no coração das pessoas. Sua obra continua a influenciar novas gerações de leitores, e o autor, por meio deste cordel, presta uma justa homenagem ao legado literário e humano do grande escritor brasileiro.
Ao final, o poeta conclui com a invocação a Jorge Amado, pedindo que ele proteja e inspire os escritores e poetas que vierem depois dele. Com a devida reverência, o autor ressalta que a originalidade de Jorge Amado é inigualável e destaca que a sua influência transcende os limites do tempo e do espaço, tornando-o uma figura eternamente amada na história da literatura brasileira.