Minhas memórias
Minha história de vida está nas ruas, nos lixos, na mão estendida pedindo esmolas em Jequié-BA;
está nos ouvidos moucos de quem não queria ouvir (e até hoje, mesmo com os testemunhos, se negam a acreditar).
A rua onde nasci, após quase 50 anos, ainda escorre seus dejetos, lixos humanos, para que a falta de memória não apague o passado...
Meu medo, não é o de perder tudo, porque nunca tive nada.
Meu medo é ser crucificado, vivo, sob o escárnio de quem não tem sensibilidade...
Memória de Quase Cinquenta Anos
Salvador, 20 de setembro de 2014
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/11/2014