Vivo de Renunciar
Aqui aprendi
que fazer vale menos
que aparecer na televisão
Aqui é terra de artista
que dá cambalhota
mas que se vende
por qualquer tostão
Mais vale um flash,
uma foto, um outdoor
que um abraço afetivo
um aconchego,
um amor desinteressado
Quando precisei de abrigo,
uma porta, um amigo
só encontrei desprezo,
olhar enviesado
e castigo...
Segui meu instinto,
renunciei a tudo,
e quando me perguntam
eu minto...
Ainda tenho os anéis
pois os dedos já se foram
a eles, também renunciei...
Salvador, 10 de setembro de 2014
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/11/2014