Valdeck Almeida de Jesus
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05/09/2007 (20:27) | COMENTARIOS (0)

Funerária acusada de retirar caixão de velório

Zeka / Agência A Tarde

Família acusa dono da funerária de levar o caixão em pleno velório

 

Por: Ana Cristina Oliveira

A polícia de Ilhéus (a 465 km de Salvador) começa nesta quinta-feira o inquérito contra a Funerária Árvore da Vida, acusada de retirar o corpo do aposentado Carlos Antônio da Silva Bonfim, 50 anos, e levar o caixão, durante o velório, entre os dias 14 e 15 de agosto. A alegação é  que a família não teria pago R$ 200 de entrada, em dinheiro, ou apresentado três cheques, que cobririam o valor do débito, de R$ 630.

Karina Oliveira Bonfim, filha de Bonfim, e um homem de prenome  Ricardo, funcionário da funerária, localizada no bairro da Conquista, em Ilhéus, vão depor. O caso chocou e constrangeu familiares e pessoas que estavam no velório, por volta das 8h15 do dia 15, a menos de três horas do enterro.  De acordo com Karina, o funcionário entrou em sua residência onde estava ocorrendo o velório, no bairro Nelson Costa, e cobrou o valor da entrada ou os três cheques.

Karina conta que ela esteve na funerária, na noite em que o pai morreu, e ficou combinado que a família iria pagar na manhã do dia 15. Como o titular do cheque  não havia chegado, o funcionário disse que cumpria ordens, retirou o corpo e levou o caixão. Karina pediu que ele esperasse mais um pouco, mas Ricardo não ouviu.

“Meu pai era um homem de bem, como eles puderam fazer isso!”, protestou Karina, revoltada, pois o homem ia colocar o corpo de seu pai no chão se familiares não tivessem pedido que ele colocasse sobre a cama. Ela disse que, pouco depois, a pessoa chegou com os cheques e a família contratou outra empresa, que cobrou R$ 700. O enterro seria às 11 horas, mas só ocorreu às 15 horas.
A jovem disse que prestou queixa na delegacia. A família também vai entrar com ação na Justiça, alegando crime contra o sentimento religioso e desrespeito aos mortos. A funerária também é acusada de perturbação e impedimento da cerimônia funerária. 

Fonte: A TARDE


Comentário:

A vida humana vale cada vez menos. Melhor, a vida humana nunca valeu nada. O que importa é a conta bancária, é quanto se pode lucrar com a alegria ou com a desgraça alheia. Infelizmente é esta a realidade.
Nem na hora da morte, nem a dor da perda de um ente querido comove mais ninguém. Tudo não passa de uma negociação, de parte de um contrato, de uma pequena peça na grande e engenhosa engrenagem do capitalismo, que nos leva a todos a nos tornar "coisas" que valem mais, ou que valem menos.
O absurdo que se pratica nesse país, em que contribuintes da CPMF - e de tantos outros famigerados impostos - morrem na porta de hospitais públicos, por falta de atendimento; a verdadeira guerra civil travada todos os dias nas grandes cidades, onde perdem a vida centenas de milhares de pessoas por balas "perdidas", atropelamentos etc; é a educação relegada a último plano; enfim... O que mais se pode fazer para salvar a dignidade humana?
Será que o simples ato de escolher um representante para o Congresso Nacional é suficiente? Será que, mesmo acompanhando a vida parlamentar desses representantes do povo resolve alguma coisa? Sinceramente, tenho medo do futuro. Não consigo mais dormir em berço esplêndido nem acreditar que o Brasil "dos filhos deste solo és mãe gentil".

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 06/09/2007
Alterado em 06/09/2007
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