E assim o fiz, me alimentando de palavras de cura ancestral, afetivas, poéticas, memoriais e também proféticas.
Tomei em doses pequenas, como quem economiza passos na estrada, nacos de vida, para sorver com paciência cada célula das ricas palavras, significados, combinações, para me embeber das águas sagradas da poeta.
Dividido cuidadosamente em seis capítulos, o livro de Anajara Tavares é prenhe de sua autora, de todas e todos que vieram antes e depois dela, bem como de seus contemporâneos. E projeta sementes-alicerces para a posteridade.
Calcado nas vivências, nos estudos, nas experiências vividas e nas idealizadas, Unguento é água que nos vivifica e fortalece, como verdadeira âncora de amor e carinho. É colo, ombro, seio que alimenta, leito de descanso, lousa de ensinamentos para a vida.
Fertilidade, rio que fecunda a alma, descala o verbo, acarinha a existência.
E deságua em moringa, nascente e fonte de vida, caminhos para a imensidão.