O ócio criativo versus copiar e colar
Nunca na história da humanidade se criou tanto lixo, resultado do processo “nada se cria, tudo se copia”. Ao contrário do que reza a célebre frase de Charles Chaplin, “Não sois máquinas! homens é que sois!”, agimos todos os dias como bois em uma manada. Muito pouco do que se produz atualmente merece aplausos, seja em matéria de cinema, teatro, literatura, dança, pintura, música etc. A maior parte é, mesmo, um monte de merda, dejeto humano, maluquice de primeira. Seja por falta de criatividade ou devido à preguiça mental, nossa geração está se estagnando, perdendo neurônios ou ficando burra.
Parte desse processo de emburrecimento se deve à educação que privilegia a formação de mão-de-obra farta e barata, em detrimento da criatividade e da valorização do ser humano. Não se leva em conta as potencialidades individuais e, por isso, todos são obrigados a adquirir e memorizar milhões de informações. Excesso de informação pode estressar e embotar o cérebro, nos transformar numa máquina repetidora, reprodutora de conhecimentos. E reproduzir, qualquer macaco faz, até os que nunca tiveram contato com o que se chama cultura. Criar é outra coisa, mesmo que a criação seja baseada no que já existe, tanto para aperfeiçoar quanto para dar novas finalidades, reciclar ou o que seja. E criatividade pode surgir, também, no meio do caos. Mas o exemplo dos grandes filósofos e inventores demonstra que a calma, a paciência, a reflexão, o tempo para pensar e para se divertir tiveram alta relevância no processo criativo deles. As grandes invenções foram feitas em uma época em que o limite do corpo humano ainda era respeitado. O corpo e a mente precisam de tempo para descanso, pois somos uma máquina perfeita, mas somos biológicos, de carne e osso, com limites físicos, mentais e psicológicos.
Esses limites nem sempre são respeitados no processo mecanizado em que o mundo moderno se encontra. Tudo é cronometrado e medido em cifras: tempo é dinheiro. Descansar e parar para refletir não pode; reservar um tempo para pensar é proibido, pois pode significar menos lucro. Até o horário do almoço é determinado pelo relógio financeiro. Todos devem sentir fome no horário “comercial”, das 12 às 14 horas. Como não se tem tempo para reflexão, descanso e lazer, o processo criativo pode sofrer perdas. Então, vamos copiar e colar que dá menos trabalho, não cansa o cérebro, não estressa ninguém. Resultado: o mundo experimenta uma enxurrada de criação que vira lixo em poucos minutos. Para consumir esse monte de coisas é necessário trabalhar cada vez mais, ganhando cada vez menos, gerando disputa desenfreada por bens materiais e violência. Para se livrar de tanto lixo não basta sentar no vaso sanitário e puxar a cordinha, temos que parar para pensar...
Nunca na história da humanidade se criou tanto lixo, resultado do processo “nada se cria, tudo se copia”. Ao contrário do que reza a célebre frase de Charles Chaplin, “Não sois máquinas! homens é que sois!”, agimos todos os dias como bois em uma manada. Muito pouco do que se produz atualmente merece aplausos, seja em matéria de cinema, teatro, literatura, dança, pintura, música etc. A maior parte é, mesmo, um monte de merda, dejeto humano, maluquice de primeira. Seja por falta de criatividade ou devido à preguiça mental, nossa geração está se estagnando, perdendo neurônios ou ficando burra.
Parte desse processo de emburrecimento se deve à educação que privilegia a formação de mão-de-obra farta e barata, em detrimento da criatividade e da valorização do ser humano. Não se leva em conta as potencialidades individuais e, por isso, todos são obrigados a adquirir e memorizar milhões de informações. Excesso de informação pode estressar e embotar o cérebro, nos transformar numa máquina repetidora, reprodutora de conhecimentos. E reproduzir, qualquer macaco faz, até os que nunca tiveram contato com o que se chama cultura. Criar é outra coisa, mesmo que a criação seja baseada no que já existe, tanto para aperfeiçoar quanto para dar novas finalidades, reciclar ou o que seja. E criatividade pode surgir, também, no meio do caos. Mas o exemplo dos grandes filósofos e inventores demonstra que a calma, a paciência, a reflexão, o tempo para pensar e para se divertir tiveram alta relevância no processo criativo deles. As grandes invenções foram feitas em uma época em que o limite do corpo humano ainda era respeitado. O corpo e a mente precisam de tempo para descanso, pois somos uma máquina perfeita, mas somos biológicos, de carne e osso, com limites físicos, mentais e psicológicos.
Esses limites nem sempre são respeitados no processo mecanizado em que o mundo moderno se encontra. Tudo é cronometrado e medido em cifras: tempo é dinheiro. Descansar e parar para refletir não pode; reservar um tempo para pensar é proibido, pois pode significar menos lucro. Até o horário do almoço é determinado pelo relógio financeiro. Todos devem sentir fome no horário “comercial”, das 12 às 14 horas. Como não se tem tempo para reflexão, descanso e lazer, o processo criativo pode sofrer perdas. Então, vamos copiar e colar que dá menos trabalho, não cansa o cérebro, não estressa ninguém. Resultado: o mundo experimenta uma enxurrada de criação que vira lixo em poucos minutos. Para consumir esse monte de coisas é necessário trabalhar cada vez mais, ganhando cada vez menos, gerando disputa desenfreada por bens materiais e violência. Para se livrar de tanto lixo não basta sentar no vaso sanitário e puxar a cordinha, temos que parar para pensar...